História do Beirute

Com certeza, você já ouviu falar nesse lanche clássico dos restaurantes e lanchonetes árabes. Mas a história do beirute não é conhecida por muitos, se eu te falar que esse prato não foi criado no Oriente Médio, você acredita?

Bom, vamos descobrir mais sobre a origem do beirute e sua história para entendermos melhor o que foi que aconteceu aqui!

A ideia genial

Por causa de um pedido, feito em 1939, de misto quente com o adicional de tomate e rosbife, a ideia de algo maior e mais incrementado estava prestes a surgir. O sanduiche que acabei de descrever é o famoso Bauru, que não demorou muito para se popularizar no Brasil. Mas, a história aqui é sobre o Beirute que nada mais é uma invenção “improvisada”.

Em outras palavras, o Beirute não estava nos planos para ser criado, ele simplesmente surgiu. Em 1951 aqui no Brasil, em uma lanchonete do imigrante libanês Fares Sader, foi pedido um Bauru, porém, não tinha pão francês no estabelecimento. Foi então, que Fares teve a brilhante ideia de colocar o pão pita (pão sírio) no lugar do pão francês e ainda mais, adicionar zatar (especiarias do Oriente Médio) no sanduiche.

É claro que foi sucesso total, e para homenagear suas raízes, Fares Sader nomeou o sanduíche como Beirute – nome da capital do seu país de origem. Um belíssimo e delicioso improviso.

Beirute não vem de Beirute

Como você acabou de ver, esse aclamado lanche não é libanês, mas sim paulista! Isso mostra como o Brasil é vasto em culturas e, consequentemente, em culinárias.

O beirute é apenas uma das várias receitas que encontramos no “cardápio das nações”. São simples adaptações que transformam um prato, caracterizando-o de acordo com a cultura. O próprio beirute comprova isso: substituindo o pão francês pelo pita e adicionando um Punch de temperos libaneses. Além de ter toda a pegada sentimental daquele que criou o sanduiche.

O que vai no Beirute?

A princípio, quando foi criado, o pão pita era recheado de rosbife, queijo muçarela, tomate e zatar. Só que o brasileiro, com a permissão e ajuda de quem criou o beirute, decidiu inovar nos sabores.

Atualmente, há muitas opções com 4 até 7 ingredientes no recheio, sem contar com as versões vegetarianas. Vamos ver alguns desses sabores:

– Rosbife, muçarela, presunto, alface, catupiry, tomate e zatar;
– Kafta de picanha, alface, tomate, cebola crispy, catupiry e muçarela;
– Filé mignon, alface, muçarela, tomate, barbecue, catupiry;
– Peito de peru, cenoura, muçarela, zatar, alface e tomate;
– Peito de frango, alface, molho de iogurte, tomate, muçarela e pimentão;
– Rosbife, ovo frito, alface, cheddar, tomate, maionese e catupiry;
– Queijo prato, parmesão ralado, alface, tomate, maionese de alho;
– Pasta de abacate, tomate seco, cebola, queijo branco, azeitona preta

Ufa! Esses são algumas das variações de beirute que podemos pedir em lanchonetes, padarias e restaurantes especializados. Mas nada impede de você criar se próprio sabor, ainda mais, fazer seu tempero sírio com algumas especiarias tradicionais e arrasar nesse beirute.

Ideia de sabor

Primeiramente, eu faria meu pão pita do zero. Inclusive, tem uma receita dele aqui no site. Faria uma mistura de tempero e especiarias como: pimenta do reino, pimenta da Jamaica, noz moscada, gengibre em pó, cominho e pitada de canela. Usaria um file de frango bem gordinho e iria temperá-lo com essa mistura.

Antes de grelhar o frango eu pegaria uma colher cheia de coalhada seca com azeite e coentro e misturaria, passando no pão um pouco dessa mistura. Depois de grelhar o frango e de colocá-lo no pão, eu iria aproveitar aquele sabor da frigideira grelhando o queijo branco (sim queijo branco) dos dois lados, para depois colocar em cima do frango.

De salada eu colocaria alface americana e algumas rodelas de tomate. Finalizaria com um ovo frito de gema mole e o restinho da coalhada seca temperada. E pontinho minha versão de beirute.

E você, qual seria sua receita? Use sua criatividade e descubra novos sabores, faça misturas e coloque cores, ou seja, use temperos diferentes, ervas frescas, invente seu molho e o não se prenda ao de sempre, pelo contrário, fuja dele.

Com certeza você vai se apaixonar pela cozinha quando descobrir o que te agrada e no que você é bom, não é difícil é só uma escolha.